O anjo das pernas tortas completaria 79 anos
Muitos dizem que ele foi maior que Pelé, ou que jamais existirá um jogador com a audácia e a agilidade de Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha. Nascido em Magé (RJ), em 28 de outubro de 1933, o ponta-direita ganhou fama mundial na Copa de 1958, quando junto de Pelé e outros craques conquistou a primeira Copa do Mundo do Brasil.
Uma das principais características de Garrincha, além do drible eram as pernas tortas. Sua perna direita era seis centímetros mais curtas que a esquerda, por conta de uma distrofia. Garrincha foi levado novo para fazer testes no Botafogo, quando nos primeiros minutos de seu teste, aplicou várias fintas em Nilton Santos.
Entre 1953 e 1965, Garrincha disputou quase a totalidade de suas partidas de futebol pelo Botafogo (RJ), além de 60 partidas pela Seleção Brasileira, onde conquistou as Copas de 1958 e 1962, tendo perdido com a amarelinha apenas uma vez, contra a Hungria, por 3 a 1, na Copa de 1966. Com Pelé e Garrincha juntos em campo, o Brasil jamais perdeu uma partida.
Garrincha também foi mulherengo, tendo se casado três vezes, com Nair, com quem teve nove filhas, depois com Iraci, com quem teve um filho, e também Elza Soares, com quem teve mais um filho. Além das 11 crianças, Garrincha é pai de um sueco, fruto de um relacionamento durante uma viagem do Botafogo em 1959.
Já bastante afetado pelo alcoolismo e pela vida noturna que tomava mais tempo de sua vida que o futebol, Garrincha marcou seu último gol pelo Olaria (RJ), em 23 de março de 1972. Em 20 de janeiro de 1983, Garrincha faleceu no Rio de Janeiro, aos 49 anos. Muitos dizem que a causa da morte foi cirrose hepática.
Porém, o anjo das pernas tortas jamais será esquecido. Garrincha já tem seu nome no estádio de Brasília que sediará sete partidas na Copa do Mundo de 2014, numa homenagem do povo para o homem destro das pernas tortas para o lado esquerdo que trouxe magia e alegria para o futebol brasileiro.